Presos iniciam reforma de 7ª escola em MS e economia ultrapassa R$ 3 milhões

Presos iniciam reforma de 7ª escola em MS e economia ultrapassa R$ 3 milhões
Teve início a reforma da 7ª escola atendida pelo projeto Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade. Localizada em Campo Grande, a escola Estadual Emydio Campos Widal recebe desde o dia 7 de dezembro a mão de obra de 20 presos que revitalizarão todo o espaço inaugurado há 40 anos e que nunca passou por uma reforma.
Esta obra gerará uma economia de aproximadamente R$ 800 mil aos cofres públicos, cujo valor é custeado pelos próprios presos. Com mais esta escola, o Estado já garantiu mais de R$ 3 milhões em economia.
Atendendo 492 alunos, escola possui 2.000 m² de área construída e 8.000m² de terreno. Em tempos de crise, seria praticamente impossível uma escola destas proporções ser contemplada com uma reforma geral.
O custo para o Estado se resume ao salário dos presos. Já o valor do material (orçado em R$ 220.00,00) é totalmente pago pelo detento, a partir do dinheiro arrecadado do desconto de 10% do salário de todos os presos que trabalham na Capital, conforme Portaria nº 001/2014 da 2ª VEP.
O projeto contempla troca de forro, pintura, elétrica, hidráulica, manutenção do telhado, vidros, salas de aula, banheiros, instalação de 370 lâmpadas de led e 25 holofotes de led na quadra de esportes, além de novo acesso aos alunos que será construído pela rua lateral, evitando o grande fluxo de veículos da entrada atual.
Para executar todas as tarefas, a equipe de 20 presos conta com 2 eletricistas, 3 pedreiros, 1 carpinteiro, 1 instalador de forro, 1 serralheiro, 6 pintores e o restante do pessoal é ajudante que no decorrer da obra acaba se capacitando e adquirindo uma nova profissão.
O juiz responsável pelo projeto, Albino Coimbra Neto, esteve visitando o início dos trabalhos e deixando aos presos a mensagem de que duas das maiores mazelas do país (sistema prisional e educação) se unem para a melhoria conjunta.
Conforme explica o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador João Maria Lós: “Desenvolvemos um trabalho de ressocialização do preso, pois é ele quem trabalha, convive com as crianças e com professores. Esse é o objetivo principal do Poder Judiciário: não só colaborar com o governo estadual, com a economia, trazer conforto e boas instalações para as escolas, mas principalmente a ressocialização do detento, sua recondução social para que se torne uma pessoa útil à comunidade”.