Ipea projeta crescimento do PIB em 0,7% em 2017

Ipea projeta crescimento do PIB em 0,7% em 2017
Segundo projeções do instituto, inflação deve fechar o ano em 3,9%, abaixo da meta de 4,5%. Para 2018, a projeção é de crescimento de 3,4%.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil vai crescer 0,7% em 2017. A estimativa é superior à projetada pelo governo, que é de 0,5%. A análise foi divulgada nesta quinta-feira (30) pelo Grupo de Conjuntura do instituto.
A projeção do Ipea é otimista também em relação à inflação. Enquanto o governo prevê que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, feche o ano em 4,3%, os analistas do Ipea estimam que o índice fique em 3,9%, bem abaixo da meta do governo, que é de 4,5%.
“A gente fez a análise com um cenário baseado em reformas. Então, o que condiciona as nossas projeções é a realização das reformas que estão sendo propostas”, afirmou o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Castro Souza Jr.
Segundo o Ipea, uma das análises feitas pelo Grupo de Conjuntura indica que o primeiro trimestre deste ano registrará variação positiva de 0,3% do PIB, rompendo sequência negativa desde o último trimestre de 2014 na série com ajuste sazonal.
Essas projeções do instituto consideram um cenário em que não haverá grandes mudanças no ambiente externo e que a situação política do país irá se estabilizar. Nesse contexto, o Ipea prevê um crescimento econômico ainda maior em 2018, de 3,4%, com inflação ao patamar de 4,5%.
O Ipea considera ainda que, como os gastos públicos estarão limitados pela restrição fiscal, o crescimento econômico do Brasil até o ano que vem será baseado na demanda doméstica. Segundo os analistas do instituto, o país registrará recuperação do mercado de trabalho e, consequentemente, do consumo das famílias.
“Essa recuperação seria impulsionada, em um primeiro momento, pela redução da inflação e dos juros, pelo impacto positivo da liberação dos recursos do FGTS e pela estabilização das condições do mercado de trabalho”, destacou o Ipea em nota.
Fonte: G 1