Gaeco diz que investigados da Coffee Break tinham grupo de WhatsApp

Entre os participantes estavam o prefeito Gilmar Olarte e a esposa, Andréa Olarte
O promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), afirmou que os investigados na Operação Coffee Break faziam parte de um mesmo grupo, criado no aplicativo de mensagem WhatsApp.
O grupo foi descoberto após o Instituto de Criminalística fazer perícia nos 17 aparelhos celulares apreendidos no último dia 25 de agosto. Todas as perícias foram entregues na manhã de hoje (14) ao Gaeco.
Marcos Alex ainda revelou que o prefeito afastado Gilmar Olarte, PP por liminar, a esposa, Andréa Olarte, além de outros vereadores e mais os da Câmara Municipal e da Prefeitura de Campo Grande, faziam parte do grupo.
“A partir da perícia, nós ficamos sabendo da existência dele (do grupo). Quase todos os vereadores faziam parte deste grupo”, comentou o coordenador do Gaeco. O promotor ainda explicou que todo esse material será analisado por quatro agentes.
Durante a entrevista, Marcos Alex falou que em uma análise prévia do material já constatou que há conversas que são de interesse do Gaeco. O promotor do Ministério Público Estadual, ainda declarou que trabalha em um linha de investigação, com pessoas e datas, tudo referente aos dias próximos que antecederam a cassação do prefeito Alcides Bernal, em março de 2014.
Coffee Break
A Operação Coffee Break é o resultado de duas investigações, uma deflagrada pela Operação Adna, investigada pelo Gaeco, do Ministério Público Estadual feita entre 2013 e 2014, a qual o prefeito afastado Gilmar Olarte se tornou réu, após o Tribunal de Justiça acatar de denúncia do MPE. Neste processo ele responde por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e continuidade delitiva.
A outra, é com relação a Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal, deflagrada em julho deste ano, que investiga o desvio de R$ 11 milhões em fraudes em licitações de obras públicas, envolvendo empresários, políticos e servidores públicos.
Com o cruzamento destas duas investigações, deu origem a Operação Coffee Break, que apura possível compra de votos de vereadores e que resultou na cassação do prefeito Alcides Bernal, em março de 2014. (TopMídia)