Gaeco cumpre mandados de apreensão e busca na Capital

Gaeco fez buscas de documentos na sede de Omep nesta terça (13) (Foto: Osvaldo Nóbrega/ TV Morena)
Ação nesta manhã tem 7 conduções coercitivas e apreensão de documentos.
Operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) cumpre mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão nesta terça-feira (13) em Campo Grande.
A operação Urutau apura a prática de improbidade administrativa e crimes de falsidade ideológica, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa em convênios mantidos entre o município de Campo Grande e a Organização Mundial para Educação Pré-Escolar do Estado de Mato Grosso do Sul (OMEP/BR/MS) e a Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária – S.S.C.H), envolvendo os dirigentes, prestadores de serviços e funcionários, segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS).
O advogado que representa a Omep, Laudison Ortiz, disse em entrevista à imprensa que acompanhou os mandados de busca na sede da instituição e na casa de alguns diretores.
“Tivemos acesso ao mandado de busca e apreensão, onde constam diligências a serem realizadas tanto aqui na sede da entidade quanto na casa de alguns diretores, tanto aqui da Omep quanto da Seleta. Então, foi a única informação que nos passaram e que desse mandado consta também que essa investigação se relaciona ao convêncio mantido entre a entidade e o município de Campo Grande”, afirmou.
A prefeitura de Campo Grande informou à TV Morena que não recebeu nenhuma notificação, portanto, não irá se manifestar por enquanto.
Gaeco esteve também na Câmara Municipal onde ficou por cerca de 3 horas no gabinete da vereadora Magali Picarelli. Segundo os promotores, Magali foi alvo de condução coercitiva, mas o advogado Carlos Marques nega e diz que ela foi intimada para depoimento.
O trabalho do Gaeco em conjunto com a 29ª e a 49ª Promotorias de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande tem apoio da Polícia Militar e deve cumprir três mandados de prisão temporária, sete de condução coercitiva e ainda 14 mandados de busca e apreensão de documentos na capital.
O nome dado a operação é de uma ave tipicamente sul-americana, considerada “ave fantasma” pela facilidade em se ocultar sem ser identificada, em referência à suspeita de contratações fraudulentas por meio de convênios investigados.
Os mandados de prisão temporária, de condução coercitiva e de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz mario José Esbalqueiro Junior, enquanto esteve designado para oficiar na 1ª Vara das Execuções Penais de Campo Grande, vinculada ao Provimento nº 162 do TJMS. Participam da operação quatro Promotores de Justiça e 36 Policiais Militares.