Dólar cai quase 1% e termina a R$ 3,95

Bruno Federowski, da REUTERS
São Paulo – O dólar fechou em queda sobre o real pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira, com investidores comprando ativos de maior risco diante da alta do petróleo no exterior e de esperanças de novos estímulos na China, em uma sessão marcada por baixa liquidez antes do feriado do Natal.
O dólar recuou 0,91 por cento, a 3,9523 reais na venda, acumulando baixa de 1,75 por cento em duas sessões. Na segunda-feira, a moeda norte-americana atingiu o maior nível em mais de dois meses e meio, terminando o dia acima de 4 reais.
“Foi um dia de poucos negócios, sem grande importância. A tônica foi o cenário externo positivo, que deu mais combustível para o dólar continuar se afastando de 4 reais”, afirmou o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Após atingirem a mínima em 11 anos, os preços do petróleo ampliavam sua recuperação nesta quarta-feira, após uma inesperada queda nos estoques da commodity nos Estados Unidos.
Expectativas de que estímulos na China ajudem a conter a fraqueza na segunda maior economia do mundo eram outro fator positivo nesta sessão.
Operadores ressaltaram, porém, que o baixo volume de negócios no câmbio deixou as cotações sensíveis a operações pontuais e acentuou o movimento. O mercado de câmbio funcionará em horário reduzido na quinta-feira, quando deve ter um movimento irrelevante com o mercado futuro fechado.
“É um dia morno, de marasmo. O mercado está desértico”, resumiu o superintendente de derivativos de uma corretora nacional.
O Banco Central deu sequência nesta sessão à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 9,300 bilhões de dólares, ou cerca de 87 por cento do lote total, que corresponde a 10,694 bilhões de dólares.
Dados do BC mostraram nesta quarta-feira que a autoridade monetária vendeu a oferta total de 500 milhões de dólares em cada um dos leilões de linha de 10 e 15 de dezembro. A autoridade monetária fez mais dois leilões desde então, mas ainda não divulgou o resultado das operações.
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