Bigolin não paga funcionários e pode fechar as portas na Capital

Funcionários da Bigolin Materiais de Construção denunciam atraso no pagamento do décimo terceiro salário e fechamento de lojas em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Juiz paulista, em medida cautelar, chegou a lacrar uma das unidades diante do “iminente estado de insolvência” da empresa.
O anúncio de férias coletivas foi recebido com surpresa pelos funcionários, na quarta-feira (23), diante do não pagamento do décimo terceiro salário. Atrasos haviam se tornado comuns nos últimos meses e a preocupação com a não reabertura da unidade de Ilha Solteira (SP) resultou em ação na Justiça do Trabalho de Araçatuba.
Em medida cautelar, divulgada pelo site paulista Ilha de Notícias, o juiz do trabalho Sidney Xavier Rovida determinou que a loja fosse lacrada. A medida utiliza o patrimônio da empresa como garantia de pagamento dos débitos trabalhistas que somam o não recolhimento, desde janeiro de 2015, do Fundo de Garantia do Trabalhador por Tempo de Serviço (FGTS).
“Igualmente comprova, por meio de documentos juntados aos autos, o possível e iminente estado de insolvência da parte requerida, em razão de sua considerável situação de endividamento, o que torna incerto o adimplento (pagamento) dos créditos trabalhistas por ela devidos aos seus funcionários”, ressaltou o juiz em sua decisão.
Movimentação na loja do Shopping Norte e Sul, em Campo Grande, também colocou funcionários em alerta. Ao Portal Correio do Estado, eles pontuaram que quatro pessoas foram demitidas, no início do mês, depois de atraso no salário. O acerto ainda não foi concluído. A loja, que possui aviso de férias coletivas até 14 de janeiro, apresenta intenso tráfego de caminhões retirando mercadorias pelos fundos desde sábado (26).
Questionada, a assessoria de imprensa da empresa, que possui 16 lojas em Mato Grosso do Sul e São Paulo, não se posicionou até o fechamento da matéria.