Bancários têm reunião nesta terça; veja como está a greve nos estados

Bancários têm reunião nesta terça; veja como está a greve nos estados

Paralisação fechou quase metade das agências, segundo a Contraf. Trabalhadores se reúnem com a Fenaban nesta tarde.
Na tarde desta terça-feira (13), os bancários voltam a se reunir com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em São Paulo. Após uma semana de paralisação, a greve dos bancários fechou cerca de metade das agências do país, segundo balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) divulgado na véspera.
De acordo com balanço do comando dos grevistas, 11.531 agências e 48 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas nesta segunda-feira (12). Segundo o Banco Central, o país tem 22.676 agências bancárias instaladas.
Na sexta-feira (9), os bancários decidiram manter a greve iniciada no dia 6, rejeitando a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 7%.

MERCADO ECONOMIA.
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A Fenaban não tem divulgado balanços diários de agências fechadas, mas informa que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações financeiras.
Veja a situação da paralisação por estados:
Paraná
A greve dos bancários no Paraná, que começou no dia 6 setembro, completa uma semana nesta terça-feira (13). A paralisação não prejudicou o atendimento nos caixas eletrônicos das agências bancárias, mas aumentou o atendimento nas casas lotéricas em até 40%, segundo o Sindicato dos Empresários Lotéricos do Paraná (Sinlopar). Com isso, as filas são inevitáveis.
Roraima
A greve dos bancários atinge 44 agências fechadas em Roraima, o equivalente a mais de 95% do total de bancos no estado, segundo informações do Sindicato dos Bancários. Usuários lotam casas lotéricas como alternativa para o serviço. A paralisação, aderida no dia 8, atinge bancos públicos e privados em todos os 15 municípios do estado.
Santa Catarina
Das 150 agências da Grande Florianópolis, 104 estão fechadas, o que tem aumentado as filas diante de caixas eletrônicos e lotéricas. De acordo com o secretário de comunicação do sindicato em Florianópolis, Luiz Toniolo, os grevistas têm percorrido agências para conversar com clientes e comunicar reivindicações, além de orientar sobre unidades bancárias em funcionamento.

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Sergipe
Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários em Sergipe, Ivânia Pereira, a paralisação cresce no Estado e atinge 174 agências. “Todas as agências bancárias aderiram à greve. Avaliamos o movimento como positivo”, afirma Ivânia.
Veja como pagar contas durante a greve dos bancários.
“Tivemos hoje a adesão dos financiários à greve e, em alguns estados, dos cooperários (trabalhadores em Cooperativas de Crédito)”, destacou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
Reivindicações
A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.
Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
A Fenaban disse em nota que “o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”.

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