A queda vertiginosa da tiragem de Folha, Globo e Estadão

Por Raymundo Gomes, do Diario do Centro do Mundo
A informação que mais impressiona, no post de Fernando Rodrigues no UOL sobre os gastos do governo Dilma com publicidade na mídia, não é a manchete por ele escolhida, o corte de R$ 260 milhões sofrido pela Rede Globo em 2015. É um dado que passou despercebido em meio às muitas tabelas do post: a vertiginosa queda de tiragem dos três jornalões brasileiros, Folha de S. Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo.
PUBLICIDADE:
banner-anuncie
Os valores de 2016, segundo o blog, referem-se apenas ao mês de abril – o que impede uma comparação apropriada com os três anos anteriores. O tombo, porém, é inegável, como mostra o gráfico.
São números do Instituto Verificador de Circulação (IVC), financiado pelas próprias empresas para medir o alcance desses veículos e informar ao mercado publicitário quantas pessoas leem cada um deles. Em geral são dados pouco divulgados ao público – salvo exceções ocasionais, os donos dos jornais brasileiros nunca se orgulharam muito de suas tiragens, baixíssimas se comparadas às de outros países.
O número que mais impressiona é o da Folha – uma queda de aproximadamente um terço de sua circulação impressa em apenas três anos. O jornal que duas décadas atrás se orgulhava de tirar 1,5 milhão de exemplares aos domingos (circulação, convém ressalvar, dopada por fascículos e outros produtos), hoje apresenta uma circulação impressa de meros 166 mil exemplares diários, queda que se acentuou na gestão de Sérgio Dávila à frente da redação. Neste ritmo, dentro de dez anos a Folha deixa de existir na versão impressa.
PUBLICIDADE:
485x90_Chácara Florestal
As curvas do Globo e do Estadão são parecidas, indicando uma tendência firme de abandono dos jornais pelo público. Algo a ver com a linha adotada por esses veículos, fortemente editorializada, despreocupada com a verdade e desconectada da realidade do país?
Em tempos de mesóclise, poder-se-ia alegar que essa queda vem sendo compensada pelo aumento do número de assinaturas digitais. A realidade, infelizmente, é menos rósea. A leitura digital, que alguns anos atrás era a grande esperança dos patrões, bateu no teto: o número estancou e até parece apresentar ligeira queda em 2016. Além disso, converter o leitor em receita publicitária na mesma proporção do impresso, sem os custos de impressão e distribuição do jornal físico, foi uma utopia que não se verificou.
Os dados acima fazem a adição simples dos números de circulação impressa e digital, mas, como é possível que parte do público assine ao mesmo tempo as duas versões (o post de Fernando Rodrigues não esclarece se há interseção entre os dois números), talvez a situação real seja ainda mais grave.
Esses números causam ainda mais espanto quando se considera que o período 2013-16 despertou altíssimo interesse do público pelo noticiário, em razão da crise política e econômica que se arrasta desde as manifestações da Copa das Confederações. Os jornais deveriam estar vivendo uma era de ouro; no entanto, arrastam-se decadentes e aceleram a própria morte ao produzir um jornalismo de baixa qualidade e intelectualmente desonesto.
PUBLICIDADE:
11745577_1615540182038350_7386744584170395597_n
INMOBILIARIA CAPITANBADO:VENHA FAZER UM BOM NEGOCIO.!!
Inmobiliaria CAPITANBADO oferece serviços exclusivos para você que está em busca de um imóvel para comprar ou alugar. Além de poder pesquisar em nossa base de dados, você conta com diversas ferramentas que vão lhe ajudar na busca do seu imóvel. Aproveite!
Inmobiliaria CAPITANBADO conta com dezenas de ofertas de casas, apartamentos, chácaras, sítios, fazendas, terrenos e conjuntos comerciais. Essas ofertas são enviadas e atualizadas diretamente pela imobiliária, corretores, por esse motivo, temos a maior variedade de propostas em imóvel para todo tipo de cliente.
ACESSE https://www.capitanbado.com/inmobiliaria/