10 provas de que estradas do Brasil põem sua vida em risco

Péssimas e perigosas
São Paulo – Andar pelas estradas que cortam o Brasil pode se tornar uma missão arriscada e de elevado custo. Em péssimo estado de conservação, a maior parte das rodovias brasileiras apresentam trechos extremamente perigosos.
De acordo com estudo da Confederação Nacional de Transporte (CNT) sobre o assunto, divulgado nesta quarta-feira, falta de tudo na malha rodoviária nacional.

A começar pela pavimentação. Na maior parte do Brasil, estrada asfaltada é a exceção: apenas 12% dos trechos possuem pavimento.
E mesmo entre as rodovias pavimentadas, a situação não é das melhores.

Segundo o estudo, 86,5% das estradas avaliadas são vias simples de mão dupla.
Mais: em quase 40% delas não há qualquer sinal de acostamento. Em alguns casos, até as faixas da estrada não são tão visíveis e a sinalização, inadequada.
A combinação de vias simples de mão dupla com falta de sinalização e acostamento pode ser fatal. No ano passado, as estradas do Brasil foram palco para cerca de 170 mil acidentes, com mais de 8 mil vítimas fatais, que geraram custos de 12,3 bilhões de reais.
Investimento
A CNT estima que, para solucionar todos os problemas da malha rodoviária nacional, seriam necessários investimentos da ordem dos 293,88 bilhões de reais em 618 projetos de infraestrutura. Por ano, segundo o estudo, o Brasil perde 46,8 bilhões de reais com às deficiências das estradas.
“Somando com os custos dos acidentes, o país tem 59 bilhões de reais em prejuízo anual. Se fossem investidos os recursos necessários, essa conta se pagaria em cinco anos”, afirmou Bruno Batista, diretor-executivo da Confederação Nacional de Transporte (CNT), durante encontro com a imprensa para divulgar os resultados.
De acordo com o estudo, no ano passado, o governo investiu o equivalente a 165 mil reais por cada quilômetro das rodovias federais. Já as concessionárias destinaram mais do dobro nas estradas por elas gerenciadas.
O resultado da diferença de investimentos é patente: do total de rodovias concedidas, 78,3% da extensão foi avaliada de maneira satisfatória. Entre as estradas geridas pelos governos federal ou estadual, 65,9% apresentam alguma deficiência.
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