Após ser presa, Miss nega participação em tráfico de drogas

Após ser presa, Miss nega participação em tráfico de drogas
Giselli Mesquita seria responsável pelo dinheiro das vendas, diz polícia. Advogado afirma que inocência da cliente será comprovada no processo.
A ex-miss Porto Feliz (SP) presa por suspeita de envolvimento em um esquema de tráfico de drogas nega qualquer participação no crime. Em depoimento na Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) nesta quarta-feira (7), Giselli Cristina Aparecida Mesquita, 21 anos, afirmou aos policiais que acreditava que todo o dinheiro usado pelo namorado Franklin Fermino da Costa, 31 anos, era proveniente do trabalho dele como representante comercial.
“Mas durante os quatro meses de investigação, quando acompanhamos a rotina deles, não exerceram qualquer outra ocupação”, explica o delegado assistente da Dise, Rodrigo Ayres.
Em entrevista ao G1, o advogado Matheus Henrique de Oliveira, que defende Giselli, afirma que teve acesso ao depoimento e que a inocência da cliente será comprovada no processo. “Durante conversa na delegacia ela nega qualquer envolvimento, ficou bem claro que não sabia de nada, não tem nada a ver com a droga”, afirma o advogado.
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Entretanto, o delegado assistente conta que a participação da ex-miss foi comprovada por meio de ligações gravadas com autorização da Justiça. A jovem seria responsável por buscar o dinheiro com outros envolvidos. As quantias seriam resultado da venda de drogas.
A conta bancária da ex-miss, inclusive, era usada pelo namorado para despistar a polícia. “Ela agia como ‘recolha’ e a conta dela era frequentemente usada, teve uma transferência de R$ 50 mil, por exemplo. Quando o companheiro dela falava com fornecedores da droga, passava os dados da conta da namorada para depositarem o dinheiro”, afirma o delegado.
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Giselli Mesquita foi eleita miss monções Porto Feliz em 2013 (Foto: Divulgação/Prefeitura de Porto Feliz)
Considerado o chefe da quadrilha, Franklin confessou o crime em depoimento a polícia e, sem citar a namorada, disse que investiu R$ 150 mil nos cerca de 10 quilos de drogas encontrados no apartamento que o grupo usava em Salto (SP). O delegado assistente conta que o lucro poderia ser até quatro vezes maior com a venda dos entorpecentes. O advogado de Franklin não foi encontrado.
Ao todo, seis pessoas envolvidas no esquema foram presas pela Polícia Civil. Dois homens que seriam encarregados de vender a droga estão detidos há um mês. Os outros dois suspeitos, responsáveis por gerenciar a distribuição e venda, também foram presos nesta terça-feira. Franklin foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba (SP) e Giselli para a Cadeia Feminina de Votorantim (SP).
Financiamento de time
Durante os quatro meses de investigação, os policiais viram que Franklin investia dinheiro em um clube amador de futebol de Porto Feliz, em que atuava como jogador. No site da equipe, o suspeito aparece como volante da equipe amadora desde 2006. “Não é possível dizer que o dinheiro era do tráfico de drogas, mas ele investia sim e não vimos exercendo outra ocupação”, ressalta Rodrigo Ayres. O casal também era visto frequentemente em festas nas cidades de Itu (SP) e Salto, que seriam bancadas pelo suspeito.
Cerca de 10 quilos de drogas foram encontrados em propriedade ligada a quadrilha (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Os cerca de 10 quilos de drogas apreendidos teriam custado R$ 150 mil (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Fonte: G 1
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