Giroto recebia favores e fazendas como pagamento em esquema, diz PF

Ex-secretário de Obras era principal contato de empreiteiro no governo.
João Amorim comandava as fraudes nos contratos de obras estaduais.
As investigações da operação Lama Asfáltica começam a esclarecer a ligação que existia entre o empreiteiro João Amorim e principal contato dele no governo de Mato Grosso do Sul, da gestão de André Puccinelli (PMDB), Edson Giroto. O ex-secretário estadual de Obras Públicas e Transportes recebia favores, sociedade em fazendas e dinheiro por criar facilidades dentro da secretaria.
Por causa dessa ligação que a Justiça decretou a prisão preventiva de Edson Giroto. Todos os envolvidos na segunda fase da operação Lama Asfáltica negam as acusações.
Com a ideia de que não seria possível desviar dinheiro público sem a ajuda de alguém de dentro do governo de Mato Grosso do Sul, os agentes da Polícia Federal (PF) cruzaram informações de depoimentos, escutas telefônicas e documentos apreendidos nas duas fases da operação.
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A conclusão é de que as fraudes comandadas por João Amorim tiveram a cumplicidade do então secretário estadual de Obras Públicas e de Transportes, Edson Giroto.
Segundo a investigação, Giroto era pessoa chave no esquema. Da secretaria, ele comandava também a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), responsável pelas obras do governo. Muitas irregularidades investigadas ocorreram no período em que ele estava no cargo, entre elas a construção do Aquário do Pantanal. A Egelte venceu a licitação, mas não levou, pois foi obrigada a terceirizar a obra para a Proteco, sempre com a ajuda de Giroto.
Na opinião dos investigadores, uma ligação telefônica interceptada em 2015 revela a ação.
João Amorim: Giroto, eu… to seguindo as coisas ai… ai… do Aquário, o Egídio é dificilzinho, viu Giroto?
Edson Giroto: É!
João Amorim: Mas assim, to conversando com você, a gente tem que ter calma na cabeça, não adianta, mas é que nós precisamos entrar lá pra ir se organizando, sem avançar em nada, os papéis ainda não saíram, né.
Edson Giroto: Não. Parece que empenha hoje e publica sexta-feira à noite.
João Amorim: Giroto, acho que é importante, com o Edmir, fazer tudo simultâneo, o aditivo deles….
Edson Giroto: Vai fazer simultâneo, João.
João Amorim: Isso, beleza!
Edson Giroto: Simultâneo. Até falei com ele ontem, que vou fazer aditivo, vou fazer a cessão, que ele falou que vai viajar hoje, falei então você avisa o Márcio para assinar.
João Amorim: E o cara não vai e não sabe nada, viu Giroto, é um problemão.
Giroto disse que essa dificuldade não existiria se o contrato com a Egelte tivesse sido rompido antes.
Edson Giroto: Lá atrás tinha que tomar a decisão unilateral, rompe e acabou, sabe?
João Amorim: É isso aí tinha que ter rompido, viu Giroto?
Edson Giroto: Lá atrás, viu?
João Amorim: Essas coisas é que falta coragem pro nosso povo e depois fica que, não adianta, a gente não pode ter medo de tomar decisão.
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Mas além de beneficiar obras das empresas de João Amorim, Giroto é suspeito de também ser sócio dele em fazendas no interior de Mato Grosso do Sul, e ainda de ser o verdadeiro dono de uma empreiteira que tinha contratos com o poder público quando ele ainda era secretário, o que é ilegal.
A Terrassat Engenharia, com sede em Tanabi (SP), pertence a Flávio Henrique Garcia Scrochio, casado com a irmã de Giroto. A empresa foi aberta com um capital social de apenas R$ 30 mil, mas em 2013, teve receita de R$ 6 milhões, 95% pagos pela Agesul. A Receita Federal encontrou despesas com hotéis pagas pela empresa para Edson Giroto. Só com a Agesul, entre 2013 e 2015, os contratos da Terrassat ultrapassam R$ 50 milhões. O contrato de compra e venda da empresa foi apreendido na casa dele.
O ex-secretário também é suspeito de ser sócio de João Amorim em fazendas, que estão em nome do genro Thadeu Silva Faria, casado com Tainá Giroto. Thadeu aparece como sócio da Baía Patrimonial, que é dona das fazendas Baía das Garças e São Francisco, avaliadas em mais de R$ 20 milhões. Outra sócia é Teresa Cristina Pedrossian Amorim, esposa de João Amorim. A polícia acredita que o genro de Edson Giroto é um laranja.
O ex-secretário também vendeu um apartamento, em 2012, para Carlos Oliva, por R$ 1,5 milhão. Dois anos depois, o imóvel foi vendido novamente, agora para Elza Amaral, secretária de João Amorim, pelo mesmo valor. Documentos apreendidos na casa dela indicam que o apartamento continua sendo de Edson Giroto, e que a falsa venda seria uma forma encontrada pelo empreiteiro para repassar dinheiro ao amigo sem ser descoberto.G-1
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