Jornalistas debatem os desafios da profissão em Amambai

Combate ao plágio, valorização da credibilidade da notícia e a importância da profissionalização foram alguns dos temas debatidos na reunião realizada com os jornalistas e comunicadores de Amambai (MS), no último sábado (26), pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Grande Dourados (Sinjorgran) e Federação Nacionais dos Jornalistas (FENAJ), no espaço cedido pela Associação Comercial e Empresarial (ACIA) da cidade.

Conversaram sobre as demandas para melhorar a prática do jornalismo em Amambai e defenderam ações de conscientização dos jornalistas, dos empresários, do público e dos gestores públicos a serem realizadas em dezembro pelo Sinjorgran com apoio da mídia de Amambai.

As dificuldades relacionadas podem ser semelhantes às de outras cidades da base do Sindicato e do interior do país. Os jornalistas querem, entre outras coisas, inibir a replicação de notícia sem citar o crédito do jornalista e do veículo que a produziu, o que configura crime de plágio e rouba o mérito de quem teve todo o trabalho para elaborar o conteúdo exclusivo.

Também mostraram preocupação quanto à circulação nas mídias sociais, especialmente no WhatsApp, de informação que, mesmo sendo mentira, versão parcial ou interpretação leviana, ganha a crença do público de que aquilo é uma notícia.

Apontou-se como negativo para a categoria a facilidade para obtenção do registro profissional, especialmente com a proliferação de formas de publicação na Internet. Mesmo que a maioria não tenha cursado faculdade na área, foram recorrentes as falas em defesa da aprovação da PEC do Diploma para que a formação de Ensino Superior em Jornalismo volte a ser requisito obrigatório para quem deseja exercer a profissão.

Outros problemas levantados na reunião foram as transgressões ao Código de Ética dos Jornalistas e as dificuldades de faturamento dos proprietários dos meios de comunicação com os empresários locais e os órgãos públicos.
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Após duas horas de conversa tiraram-se três propostas básicas: elaboração de material que valorize a credibilidade da informação produzida pelo jornalista, com seriedade, técnica e compromissos social e ético; elaboração de artigos de opinião por parte dos jornalistas presentes abordando os vários aspectos da profissão e envio de ofício, por parte do Sinjorgran, às Prefeituras e Câmaras Municipais cobrando a realização de concurso público para contratação de jornalistas com diploma e registro profissional, respeitando-se a carga horária e aplicando remuneração compatível, aproveitando o momento de formação das novas equipes para os mandatos que começarão em 2017.

Sobre a PEC do Diploma, Luís Carlos Luciano que é presidente do Sinjorgran e diretor do Departamento de Mobilização em Assessoria de Comunicação da FENAJ, fez um resgate sobre as ações da Federação em defesa da PEC, falou da conjuntura política desfavorável atualmente para aprovação do projeto na Câmara Federal e relatou os passos que o Sindicato fez para que o curso de Jornalismo fosse criado na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

Foi a primeira reunião do Sinjorgran/Fenaj com os jornalistas de um município específico. Além do presidente, representaram o Sindicato à vice-presidenta Karine Segatto e a filiada Ariadne Bianchi. O jornalista Vilson Nascimento, diretor do Sinjorgran, é de Amambai. Foi ele quem organizou a reunião.

A iniciativa foi definida em assembleia para ser realizada em 2016 e envolver inicialmente as cidades em que o Sindicato possua membros da diretoria, de forma a facilitar a articulação com os profissionais do local. O objetivo foi também apresentar o Sindicato, conhecer os comunicadores e aproximá-los da entidade. Participaram jornalistas, radialistas, assessores de imprensa e proprietários de jornais.
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Ao final, Luís Carlos agradeceu a presença de todos e disse que o encontro foi muito produtivo. “(…) Viemos aqui para apresentar o Sinjorgran e a FENAJ, a nossa voz e ouvir vocês. (…) Saímos todos fortalecidos (…)”. Além dos diretores do Sinjorgran estiveram presentes na reunião Clesio Damasceno Ribeiro, diretor do grupo A Gazeta que envolve gráfica, jornal, site e revista; o jornalista José Luiz Moreira e Viviane Viaut, sócios-proprietários da empresa de assessoria Moreira Produções e do site Amambai Notícias; Valdir José Luiz, diretor da rádio comunitária Auxiliadora FM; a jornalista Raquel Fernandes, da agência Dinâmica Comunicações; Katiéli Duarte, assessora de comunicação da Prefeitura de Amambai; o radialista e vereador em Amambai, Luiz Fernando Fischer, proprietário da rádio web Nativa Online; Jaime Bambil Marques, radialista, vereador e empresário do ramo de comunicação móvel; Sérgio Lopes que atua na área de comunicação visual e Fernanda Nascimento, do grupo A Gazeta.

CURSO DE JORNALISMO

Logo que surgiu a possibilidade de criação de novos cursos na UFGD, antes mesmo do fechamento do curso de Jornalismo na Unigran, o Sinjorgran mobilizou-se e montou um dossiê com dados e apoios do empresariado e agentes políticos. Esse documento foi entregue para a Faculdade de Comunicação, Artes e Letras (Facale) em março de 2011. Depois de ser aprovado nas etapas internas de disputa sobre qual curso novo seria implantado na Facale, em maio de 2011, o curso de Comunicação/Jornalismo entrou no Plano de Ampliação Acadêmica 2011-2020, mas a falta de investimento do Governo Federal para expansão das universidades fez com que a proposta não saísse do papel. A possibilidade de implantação do curso de Jornalismo na UFGD ficará ainda mais remota caso a seja aprovada a PEC 55 que propõe limitar os recursos para Saúde e Educação.Folha d Dourados

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