BRASIL FECHA A FRONTEIRA COM O PARAGUAI COM 3 MIL HOMENS.

A Operação Ágata teve início na segunda-feira (13), com atuação em toda a extensão de fronteira do Brasil com os países sul-americanos. O objetivo é coibir crimes na região de fronteira e também para a segurança do país durante os Jogos Olímpicos.
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Em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, três mil homens estão à frente da operação dentre eles da Marinha, Exército e Força Aérea e integrantes de órgãos de Segurança Pública federais, estaduais e municipais. A 4ª Brigada de Cavalaria Mecaniza- Brigada Guaicurus- de Dourados, irá contribuir com 511 militares atuando entre as cidades de Mundo Novo e Porto Murtinho.
A Operação é parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), criado por decreto em junho de 2011 e acontece sob a coordenação do Ministério da Defesa e comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA).
A atuações serão entre as cidades de Comodoro (MT) e Mundo Novo (MS) em uma extensão de aproximadamente 2.503 Km. De acordo com material divulgado pelo Exército, em função dos Jogos Olímpicos o Ministério da Defesa optou por uma mobilização que envolvesse toda a faixa de fronteira terrestre, em áreas específicas de fronteira fluvial.
Neste ano a ação no país conta com 18 mil militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea.
Os trabalhos serão para conter crimes como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração e garimpo ilegais, com isso serão instaladas barreiras em regiões estratégicas.
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A fronteira conta com 16.886 quilômetros de extensão, sendo 7.363 quilômetros de linha seca e 9.523 quilômetros de rio, lagos e canais. São 23.415 quilômetros de rodovias federais. Os estados de fronteira são Amapá, Pará, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul esse território compreende a 27% do território nacional onde estão 710 municípios, sendo 122 limítrofes e 588 não limítrofes.
Os países vizinhos são Guiana Francesa, Guiana, Suriname, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Outras forças e área de atuação
A operação irá mobilizar ainda agentes da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Receita Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Militar (MPM), entre outros.
A operação se desenvolve ao longo de toda a fronteira terrestre, as tropas contarão com centros montados nos comandos militares da Amazônia (CMA) em Manaus (AM); do Oeste (CMO) em Campo Grande (MS); e do Sul (CMS) em Porto Alegre (RS). Nesses locais, atuarão conjuntamente militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) e integrantes das agências governamentais.
A Marinha empregará, durante toda a Ágata, navios patrulha fluvial, de transporte e de assistência hospitalar, helicópteros UH-12 (Esquilo), lanchas, balsas e agências escola flutuantes.
Participam da operação os Distritos Navais das cidades envolvidas, capitanias, delegacias, agências e destacamentos fluviais e grupamento de fuzileiros navais. Já o Exército atuará no período da operação com efetivo de brigadas e batalhões de Infantaria de Selva, de fronteira e mecanizado, além de unidades militares de engenharia, cavalaria, logística, aviação e comunicações e guerra eletrônica.
No caso específico da FAB, o planejamento está a cargo do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), sendo previstos Transporte Aéreo Logístico, busca e salvamento, evacuação aeromédica, defesa aérea, vigilância e controle do espaço aéreo, ações de polícia da aeronáutica e segurança das instalações.
Além do combate aos ilícitos, a Ágata contempla também Ações Cívico-Sociais (Aciso), que consistem em atividades como atendimento médico, odontológico e hospitalar aos locais onde concentram famílias carentes. De acordo com o balanço integrado, as dez edições da Ágata resultaram em mais de 300 mil procedimentos de saúde, distribuição de cerca de 220 mil medicamentos, além de vacinação de 10 mil pessoas.
A operação compõe a Área de Operações Oeste pela Marinha, o 6º Distrito Naval (Ladário – MS); pelo Exército, o Comando Militar do Oeste, com destaque para as tropas localizadas na Faixa de Fronteira (4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada – Dourados/MS, 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira – Corumbá/MS e 13ª Brigada de Infantaria Motorizada – Cuiabá/MT); e pela Força Aérea, os meios da Base Aérea de Campo Grande.
Há previsão de emprego de helicópteros da Aviação do Exército e de apoio logístico para as forças empregadas. Serão realizadas Ações Cívico-Sociais em Cáceres (MT), Corumbá (MS), Ladário (MS) e Ponta Porã (MS), com a finalidade de incrementar a presença do estado em áreas carentes da Região.
Na área de operações, além das agências federais, há ainda importante apoio de órgãos estaduais, tais como: Polícia Militar e Polícia Civil dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Gabinete de Gestão Integrada de Fronteiras (GGIFron), Agência Estadual de Defesa Sanitária, Animal e Vegetal, do Estado do Mato Grosso do Sul (Iagro), Secretaria de Fazenda Estadual (Sefaz), Departamento de Operações de Fronteira (DOF) Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), entre outras.