Dólar fecha abaixo de R$3,20 no menor nível em 2 meses

Foi o menor nível de fechamento desde os 3,1674 reais de 8 de novembro, dia da eleição norte-americana

Por Claudia Violante, da Reuters

Dólar: “Tem havido fluxo para Brasil, boa parte para renda fixa”, comentou o operador da corretora Mirae Asset (Bruno Domingos/Reuters)
São Paulo – Com expectativas e entradas mais intensas de recursos, o dólar aprofundou a queda nesta segunda-feira, voltando a fechar abaixo do patamar de 3,20 reais, depois de passar parte do pregão com pequenas oscilações diante da cena externa.

O dólar recuou 0,78 por cento, a 3,1967 reais na venda, após subir 0,74 por cento no pregão passado, mas fechar a última semana com baixa de 0,86 por cento.

Foi o menor nível de fechamento desde os 3,1674 reais de 8 de novembro, dia da eleição norte-americana, quando as apostas eram de que a candidata democrata Hillary Clinton venceria o republicano Donald Trump, o que acabou não acontecendo.

O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,90 por cento no final desta tarde. Na máxima do dia, a moeda norte-americana chegou a 3,2327 reais e, na mínima, a 3,1907 reais.

“Tem havido fluxo para Brasil, boa parte para renda fixa”, comentou o operador da corretora Mirae Asset, Olavo Souza. “E está havendo abertura do mercado para captação, o que favorece essa trajetória.”
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Um dos fatores que alimentaram a expectativa de mais entradas de recursos externos no país foi o anúncio da Petrobras, mais cedo, de que fará oferta de novos títulos para alongar a dívida. Segundo o IFR, serviço da Thomson Reuters, a estatal recebeu demanda de mais 20 bilhões de dólares para emissão em duas tranches, segundo fonte.

Desde a semana passada operadores comentavam que fluxos pontuais de entrada de recursos estavam ocorrendo no mercado, ajudando a reduzir a cotação do dólar frente ao real.

No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas, embora continuasse a subir sobre os pesos mexicano e chileno.

Os mercados estão de olho no futuro governo Trump, que assume a Presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20, diante de suas promessas de adotar uma política econômica inflacionária.

Os investidores temem que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar ainda mais os juros e atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira.

“O mercado está também em compasso de espera pelo início da gestão de Donald Trump”, comentou mais cedo o operador da corretora Ourominas, Maurício Gaioti.

O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado cambial para esta sessão, ficando de fora desde o dia 13 passado.

Segundo profissionais, o BC já deixou claro que vai agir para corrigir distorções e, por enquanto, a volatilidade tem se mantido relativamente controlada.

“Acredito que pode crescer a pressão do mercado por uma atuação do BC abaixo dos 3,20 reais”, comentou o operador de uma corretora doméstica.EXAME

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